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A jornada de Pâmela: Uma luta contra a leucemia

Carmense supera desafios extremos, encontra milagres na espiritualidade e celebra um novo capítulo após transplante de medula bem-sucedido

Lívia Godói
Por: Lívia Godói
07/01/2025 às 15h33
A jornada de Pâmela: Uma luta contra a leucemia

Aos 26 anos, Pâmela poderia ser mais uma jovem sonhando com o futuro. Mas sua vida tomou um rumo inesperado em dezembro de 2023, quando recebeu o diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda (LLA). A notícia veio após semanas de sintomas alarmantes: dores no corpo, fraqueza extrema e a perda repentina de 16 kg em apenas uma semana. Foi nesse momento que Pâmela encarou a pergunta que ecoa no coração de todos que recebem um diagnóstico tão desafiador: vou morrer?

No entanto, Pâmela escolheu a luta. Ela encontrou força em sua fé, nos tratamentos e, principalmente, de viver um dia de cada vez. 

Desde o início, Pâmela sabia que a batalha não seria fácil. A cada sessão de quimioterapia e radioterapia, ela enfrentava desafios que não eram apenas físicos, mas também emocionais. “Ouvir o médico confirmar que você tem câncer é terrível, mas dentro de mim eu entendia que se há tratamento, isso já era tudo que eu precisava ouvir. Claro que os médicos nunca me disseram que eu receberia a cura, ou que havia muitas chances mesmo com a doença bem no começo, mas me apeguei as pequenas chances ao tratamento e entreguei nas mãos de Deus” conta Pâmela. 

Houveram momentos desesperadores, três vezes ela esteve à beira da morte, enfrentando infecções severas e longos períodos no CTI. Amigos foram perdidos para a mesma doença, e o isolamento emocional era um fardo pesado. “Paciência” e “fé” eram palavras constantemente repetidas pelos médicos, familiares e por ela mesmo. Aos poucos, ela aprendeu a ver esses desafios como etapas de um propósito maior.

Embora criado em um ambiente evangélico, Pâmela havia se afastado da crença em imagens. Porém, durante uma internação, algo emocionante aconteceu. Ao cruzar com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, sentiu uma conexão inexplicável. “Eu escutei dentro de mim ela falando: me leva, estava te esperando”.

A partir desse momento, Pâmela passou a carregar a imagem com ela. Foi nesse encontro espiritual que ela encontrou força e conforto para os momentos mais difíceis. “Depois que ela entrou na minha vida, vários milagres começaram a acontecer, e nem eu conseguia acreditar”.

Além da fé o companheirismo e amizades de seus amigos, Silas, Bárbara, Pedro e Maycon, que muitas vezes estiveram com ela no hospital, desempenharam um lugar de conforto e acolhimento para Pâmela. “Eles foram meu suporte pra chegar até aqui”.

Profissionais da saúde que acompanharam o tratamento também fizeram parte dessa rede de apoio, “Não posso esquecer da Ana Paula e do Pedro Henrique do lab center, eles me ajudaram desde o começo” 

Em novembro de 2024, Pâmela viajou para São José do Rio Preto para realizar o transplante de medula óssea, um procedimento com apenas 50% de chance de sucesso. O doador foi seu irmão mais novo Welberth Marlon Amancio de 17 anos, que produziu uma quantidade impressionante de células-tronco, mais do que o esperado pelos médicos.

O dia do transplante, 15 de novembro, foi o marco de uma nova etapa em sua vida. Contra todas as probabilidades, a medula foi um sucesso, batendo recordes no hospital e enchendo a equipe médica de espanto. Pâmela atribui esse milagre à sua fé em Nossa Senhora Aparecida. “Eu sabia que estava nas mãos dela e de Deus. Ela me trouxe a cura”, diz emocionada. 

Hoje, a carmense está em fase de recuperação, repondo forças e se preparando para voltar para casa. A experiência a transformou profundamente. Ela aprendeu a valorizar a saúde, tanto física quanto mental, e a olhar para a vida com mais carinho e gratidão. 

Assim como canta Belchior, Pâmela pode se considerar um sujeito de sorte porque apesar de muito moça, se sente são, salva e forte e tem sempre pensado que Deus é brasileiro e anda ao seu lado e assim não pode sofrer como no ano passado, estava sangrando demais e chorando pra cachorro e hoje pode gritar em alto e bom som  “ano passado eu quase  morri, mas esse ano eu não morro”. 

Não  é apenas sobre vencer o câncer, mas sobre encontrar luz nos momentos mais sombrios. É uma prova de que, mesmo diante das maiores adversidades, a fé e a esperança podem criar milagres. Pâmela é hoje um exemplo de força, esperança e a certeza de que sempre há algo maior nos guiando, mesmo nos momentos mais difíceis.

Aos seus pais Jean Carlos ,Vera Lúcia, seus irmãos Hugo Felipe , Wevertom Carlos, Welberth Marlon, Steicy,e sua tia Cláudia, Pâmela deixa seu agradecimento por todo apoio e amor recebido.

 

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