O Festival Cultur-Arte, realizado em Carmo da Mata entre os dias 20 e 24 de novembro, marcou a cidade com uma programação diversificada que celebrou as tradições afro-brasileiras e o folclore popular. Organizado por Ana Paula Ferreira, através da Lei Paulo Gustavo do Governo de Minas, o evento teve uma prévia em outubro, mas seu ponto alto ocorreu na semana do feriado nacional da Consciência Negra. A realização atraiu oficineiros, moradores e visitantes para diversas atividades culturais.
O primeiro dia do festival contou com uma roda de conversa “Griô”, reunindo mestres da cultura popular local, seguida de um cortejo com guardas de congado e apresentações de capoeira. Para Ana Paula, o evento superou as expectativas. “A resposta da comunidade foi maravilhosa. O festival foi uma oportunidade única de celebrar nossa cultura e resgatar tradições tão importantes. Esperamos repetir com mais novidades em 2025”, afirmou.
No segundo dia, o destaque foi uma vibrante apresentação de frevo no Diamante Clube. Alunas de Paulinha e Tamara, além de Érica e Rafael, encantaram o público com passos rápidos e sombrinhas coloridas. A inclusão também esteve presente com a participação dos alunos da APAE, que emocionaram os presentes com suas apresentações.
O sábado, 23 de novembro, trouxe uma rica programação, iniciando com um debate sobre educação e questões raciais, mediado pela professora Rosa Margarida, especialista na Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas. “A educação é a chave para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, ressaltou Rosa.
Ainda no sábado, a oficina de capoeira, conduzida por Paulo Santos Cirilo (Professor Filhote), atraiu jovens e adultos interessados em aprender essa arte marcial e cultural. Filhote destacou a capoeira como símbolo de resistência e união. O grupo Sarandeiros ministrou oficinas de danças folclóricas brasileiras, envolvendo o público em uma imersão nas culturas populares.
Outro momento especial foi a Oficina dos Passinhos, comandada por DJ Marquinho, que relembrou os passos das discotecas dos anos 80, 90 e 2000. A noite encerrou com um animado baile retrô, resgatando a memória da famosa Danceteria 17.
No último dia, 24 de novembro, o festival promoveu oficinas e apresentações como a celebração da Folia de Reis, conduzida por Luiz Otaviano, embaixador de folias de Itapecerica. Também foram realizadas oficinas de capoeira de Angola e congado estilo Moçambique, trazendo aspectos mais profundos e espirituais dessas tradições.
O evento encerrou com grandes apresentações, incluindo a escola de samba Acadêmicos do Sereno, que trouxe animação e energia ao público. Regina Moura, produtora do festival, destacou: “O Festival Cultur-Arte nasce com a proposta de se consolidar como referência cultural para Carmo da Mata, ao unir arte, cultura e conhecimento em um espaço de celebração da nossa identidade.”
O Festival Cultur-Arte trouxe um novo significado para o mês de novembro em Carmo da Mata, celebrando a diversidade, a inclusão e o fortalecimento das tradições culturais.