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Mesmo carregando as feridas que te fazem implorar por amor, aprenda a suportar o vazio da carência sem negociar a tua dignidade: Por Célia Regina, psicanalista

Psicanálise

Lívia Godói
Por: Lívia Godói
14/01/2025 às 17h04
Mesmo carregando as feridas que te fazem implorar por amor, aprenda a suportar o vazio da carência sem negociar a tua dignidade: Por Célia Regina, psicanalista

Há momentos em que segurar o impulso de mandar aquela mensagem parece um deserto intransponível. O coração aperta, o silêncio do outro pesa como um grito, e tudo dentro de você pede por uma resposta que, lá no fundo, você já sabe que não vai vir. Mas o que realmente te machuca não é a falta de resposta: é o eco de uma ferida antiga, aquela que grita que você não é suficiente, que precisa provar o seu valor, que precisa ser vista a qualquer custo.

Quando ele não te procura, quando escolhe priorizar outras pessoas ou outras coisas, não é sobre você. Mas a menina que você foi não entende isso. Aquela criança que ansiava por amor, que se esforçava para agradar e que chorava por validação não consegue separar o desinteresse do outro da sua própria dor. Então, você colapsa tudo. “Não” dele vira uma confirmação de todas as vezes em que você se sentiu ignorada, insuficiente, invisível.

Mas agora você é adulta. E esse é o momento de fazer uma escolha diferente. Esse desinteresse não tem nada a ver com as suas feridas. Ele é sobre as prioridades do outro, sobre as escolhas que ele fez. A sua dor, por mais real que seja, é sua. E é sua responsabilidade olhar para ela com compaixão e firmeza. Não é sobre curá-la de uma vez por todas, porque isso leva tempo, porque a cura é um processo, não um destino. É sobre reconhecer essa dor e não permitir que ela dite as suas ações.

Você não precisa mendigar atenção para provar que merece ser amada. Porque você merece. Sempre mereceu. E, no momento em que escolhe não enviar a mensagem, não se dobrar ao impulso, algo poderoso acontece: você diz a si mesma que é maior do que esse padrão automático que tantas vezes te aprisionou.

A aflição passa, e com ela vem uma sensação de leveza, de vitória silenciosa. Você percebe que não cair na armadilha é um ato de amor próprio. É um jeito de dizer àquela menina ferida que você não vai mais correr atrás de quem não sabe te ver. É um lembrete de que o valor que você tem não depende da validação do outro.

No fim, atravessar esse deserto da impulsividade vale cada passo. Porque do outro lado está você: inteira, mais consciente, mais forte. E, dessa vez, com a certeza de que quem quiser estar na sua vida vai vir por escolha, não por insistência. E isso faz toda a diferença.

 

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Carmo da Mata - MG
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Por volta de 1753, Inácio Afonso Bragança por ali passou e se encantou. A terra era fértil, banhada pelo rio Boa Vista, com campinas imensas e matas colossais, tornando a região o sítio ideal para uma sesmaria.

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