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Praça da Matriz um dos antigos nomes Por : Alfeu Sábato

O passado e as reminiscências

Lívia Godói
Por: Lívia Godói
12/02/2025 às 15h06 Atualizada em 12/02/2025 às 15h14
Praça da Matriz um dos antigos nomes Por : Alfeu Sábato

O povo com seus linguajares, suas maneiras de expressar, sempre, sempre consagra pessoas e lugares com seus apelidos, por isso é comum ouvirmos dizer : Jardim de baixo e Jardim de cima.



Começamos nosso giro pela praça da matriz, nosso santuário é o ponto inicial, igreja que amamos e adoramos, para nós geralmente é mais bonita que a Notre Dame de Paris, afinal ali fomos batizados e ali passamos grandes momentos de nossas vidas. 



Ao lado descendo a casa do Sr. José Borges e Dona Ana, casa vistosa em estilo “Chalet”. Ali residia o Sr. Olintinho Diniz e a esposa Dona Rute. Época de muita alegria, pois o casal possuía muitos amigos que ali se reuniram com festas e muita música. Padre Afonso, um de nossos párocos, ia para lá todas as noites, tocar violão. Após a demolição esta casa deu lugar à residência do casal Rubio e Mônica.



Logo abaixo, a casa do Sô Bem, família grande e alegre, faria desta casa o ponto de reunião dos parentes e amigos. Esta casa abrigou por muitos tempo, jovens que precisavam estudar e não tinham um lugar para hospedagem, ressaltamos a generosidade deste saudoso casal. 



Ao lado, a residência do casal Miguel Francisco e Dona Vitória. Descendentes Libaneses, eram a famosa “Casa comercial São Jorge”, com várias portas dando para a praça e outras para a rua Virgílio Silveira, além de um grande depósito de mercadoria nesta mesma rua. Um estoque fabuloso, encantava os clientes da cidade, zona rural e cidades vizinhas. 



Pulando a rua Virgílio Silveira, encontramos a bela residência do Sr Lafaiete Ribeiro e a meiga esposa Dona Inha, criatura bondosa, que tinha uma produção de deliciosas quitandas que ela nos ofertava. Esta casa tem maravilhosas obras de arte, feitas pelo artista António Costa, conforme vemos em sua fachada. Hoje, é propriedade da sua neta Angela e do esposo José Getúlio. 



E agora o famoso casarão chamado “Casa velha dos Notini”. Este era o nome dado pela família consagrada pelo povo. Em uma enorme exuberante construção em estilo colonial. Tinha, anexo, um grande cômodo para comércio, juntamente com a residência. Foi propriedade do imigrante italiano Sr. Antonio Notini que aqui se aportou casando e adquirindo uma bela família. Posteriormente foi propriedade do filho Pedro Notini, pai do Sr Joaquim Pereira Notini (Quinzinho).



 Nesta época, o cômodo da exuberante construção era ocupado como residência dos familiares, sob o comando da dedicada Jervica e Dona Elvira. O enorme quintal onde “roubamos” jabuticabas, ia até a igreja do Rosário, onde é hoje, o “Parque Aquático” do Diamante Club. Tempos depois, foi construído ao lado o prédio do banco de crédito real, gerenciado pelo Sr. Quinzinho Notini. Hoje, imponente Diamante Club.



Logo abaixo a casa do inesquecível Bibi Notin. Havia antes, no local uma velha casa coloquial, que foi demolida para conservação da atual casa do simpático casal, Bibi Notini e Haroldina Rios. Antes porém, esta casa foi habitada pelo casal Broemme, Georges e Vera, isto até que a “fazenda boa esperança”, se transformasse na maravilhosa indústria das essências.  Interessante, esta casa, construída a tanto tempo, mantém até hoje um aspecto de uma construção moderna. Hoje, vivem lá, a simpática e bondosa Maria Celia (Ceceia), e seus irmãos.



Seguindo abaixo, o chalet do Sr. Jair Cambraia, casado com a Sr. Nenem Ribeiro e criaram o inteligente garoto Mauricio Sartori, que era sobrinho de dona Nenem. Ali, nos reunimos para ouvir boas músicas, ver e ler jornais e revistas e andar de velocípede.Na falta de energia elétrica corríamos para lá para ouvirmos a rádio do automóvel da família. Lembramos ainda que havia um quarto reservado para o Sr. Tim Cambraia, irmão do Sr Jair. Do outro lado da praça fica a residência do Sr. Pedro Ribeiro ou Pedro Tabatinga. Eles residiam na fazenda na região rural e vinham sempre em ocasiões especiais.   



Era uma casa movimentada e alegre, parentes e amigos, ali se reuniam para as tradicionais visitas. Hoje, a Terezinha, uma das filhas, ali reside com sua família e na companhia da fiel amiga, Chica. Terezinha, ainda mantém a tradição aos presépios. Seguindo o círculo da praça logo acima, existia um belo prédio, chamado de “Sobrado do Benzinho”, este prédio do “carmense club”. 



No andar de cima há salão de danças, jogos, bibliotecas e buffet. No andar de baixo, coletoria estadual e prefeitura municipal . Este prédio, que viveu dias de glórias, foi uma solicitação que a dona Diamante Rodrigues, fez ao seu pai Quincas Afonso, líder político e fazendeiro abastado da região. Este prédio, posteriormente foi doado ao estado de Minas Gerais, para receber o fórum, pois nossa cidade havia passado a Comarca. 



Hoje, é ocupado pelas delegacias de polícia civil de nossa cidade e nosso município. E logo acima a casa do casal, dona Duca e Sr. Silvério e mais tarde, adquirida pelo casal Gino Sabato e Veronina Tavares. 



Entre esta casa e o prédio do Fórum, havia um lote vago e, ali, foi construído o prédio para abrigar a sapataria do Sr. Gindo e, hoje, a Farmácia dos Irmãos Milton e Magno. 

Esta casa foi habitada por uma família culta, inteligente e alegre. 



Quando reuniam, era uma festa e todos amavam de paixão a nossa querida Carmo da Mata! Hoje, esta casa é propriedade do casal Dr. Antônio de Castro (Nonô) e Alícia Sábato de Castro, membros da citada família (Saudades). 

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Tempo bom, em que éramos felizes e sabíamos que éramos felizes!



E logo acima a casa da alegria do Maestro Professor Joaquim Ferreira Mendes Quinzoite, família de músicos alegres e felizes! Por ali passaram várias famílias de nossa sociedade.



E quando estava já bastante danificada, foi adquirida pelo Sr. Alfeu Sábato e sua esposa Maria Aparecida de Castino Sabato. Uma vez demolida, ali foi construída a atual residência da família de Alceu Sabato e sua esposa Aparecida. 

Fico feliz por esta conquista e de um modo muito especial, por ser vizinho da nossa querida mãe e padroeira Nossa Senhora do Carmo!




E logo acima, o fabuloso Solar dos Diniz! Este imponente casarão está situado na esquina da praça em frente ao cinema. Por ali, passaram inúmeras pessoas de todas as idades e classes sociais! Tudo isso, graças ao prestígio e poder de seu proprietário Coronel Olinto Ferreira Diniz,

casado com a Dona Celicota, deste casal nasceu uma numerosa família, que muito valorizou e valoriza nossa comunidade. Neste histórico solar, residiu como proprietário o neto, Fernando Diniz Oliveira, de saudosa memória.



E ao longo de nossa história, este casarão ficou como uma marca incrível como o local das grandes decisões que nortearam os destinos de nosso município!

Recordamos com saudades das reuniões e festas feitas nesta casa histórica, que sempre abriu suas portas para todos.



Hoje, é propriedade do empresário Osvaldo Diniz Filho, o conhecido Vadinho. 

Vadinho, é neto do Coronel Olinto Diniz, e mesmo vivendo em outra época e com novos costumes, procura manter suas formas arquitetônicas como um nosso patrimônio histórico e as reuniões com os amigos!



Agora vamos “pular” a Rua 17 de Dezembro, e damos de frente com o nosso maravilhoso e saudoso cinema!

Sua história é longa e cheia de fatos memoráveis!

Mas, resumindo, dizemos que, na antiguidade, foi o maravilhoso Cinema progresso, que após encantar uma geração, deu lugar ao fabuloso Cine Paládio, que tornou-se o castelo encantado de crianças e adultos!



Os saudosos Bibi Notini e Venício Fernal adquiriram esta casa de espetáculos e fez dela o coração da cidade e do município.

Anexo ao cinema o fabuloso Bar Paládio, que nos fazia lembrar da famosa "Confeitaria Colombo" do Rio de Janeiro.



O serviço de “alto-falantes Paládio” tendo como locutor Bibi Notini, com sua voz inigualável, anunciava os filmes a serem exibidos e alegrava a cidade com músicas maravilhosas!

Seu palco recebeu 'troupes' de teatro de fama nacional e internacional. E, em sua tela, foram projetadas as mais belas obras da sétima arte. Ali está o prédio com sua fachada histórica a dizer: Vocês que passam, pelo menos, olhem para mim! Saudades!



Gente, agora é a fabulosa casa da Sá Laura. Bem ao lado da igreja, lá estava ela com suas inúmeras janelas dando para a praça e suas portas sempre abertas para o povo. Família numerosa e amida de todos, eram alegres e comunicativos. Situada bem ao lado da igreja, faria com que pessoas residentes em locais distantes iam visitar a família de Sá Laura, para verem as festas maravilhosas realizadas na praça da matriz. Suas janelas eram como os camarotes da Brahma na Marquês de Sapucaí. Um dos filhos, o Mundico, era cego, mas “enxergava longe”, pessoa bondosa, que aceitava sem problema visual, com aceitação e dignidade. 



Meus amiguinhos Alberto Braz e a Lãzinha, eram filhos do casal, Maria e Zé Braz. Netos da Sá Laura, Lazinha professora em Divinópolis e Alberto artista plástico em Belo Horizonte. Já escrevi sobre esta casa e esta maravilhosa família, a crônica bateu recordes de elogios e de aceitação. Deus abençoe a todos que nos fizeram felizes!



Agora fechando o nosso giro pela praça. E voltando bem atrás, dizemos que o bandeirante Ignácio  Afonso de Bragança que ia para Goiás em busca de ouro e esmeraldas, encantou com nossas terras e por aqui ficou. Devoto da Senhora do Carmo, construiu uma igreja em sua homenagem. Esta igreja de nome “Ermida”, era situada exatamente na praça em que focalizamos! Seu lugar exato era onde é hoje o tanque do nosso jardim. 



E como era costume da época, logo atrás, um cemitério. Com o passar dos tempos, esta igreja foi demolida para que fosse construída a nossa atual igreja. (Não precisava, podíamos ter as duas). Tempos depois, Quinzinho Notini o eterno prefeito municipal, construiu no lugar da praça descampada o nosso santuário do Carmo, nossas homenagens aos frades carmelitas: Frei Giuseppe Bedin, Frei Paulo Colgeman e Frei Tiziano Balarin, carmelitas que prestigiaram nossa paróquia com suas passagens por nós. 



E assim, terminamos nosso giro, pelas nossas praças. De tudo que escrevemos, só nos resta a saudade. Para os leitores mais idosos, é uma oportunidade de recordar e para os mais novos, uma oportunidade de saber como era a nossa saudosa cidade antes de virem ao mundo. Aos falecidos, nossas orações e votos de paz, descanso, luz eterna e para os que vivem, saúde e paz! 







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Carmo da Mata - MG
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A cidade foi, no século XVII, a região por onde transitavam, obrigatoriamente, aqueles as que se dirigiam a Goiás, pela antiga Picada de Goiás, que indicava o caminho do oeste aos bandeirantes.

Por volta de 1753, Inácio Afonso Bragança por ali passou e se encantou. A terra era fértil, banhada pelo rio Boa Vista, com campinas imensas e matas colossais, tornando a região o sítio ideal para uma sesmaria.

A origem do topônimo é uma homenagem à santa padroeira, Nossa Senhora do Carmo, e suas m
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