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O querido pombo talismã - Por: Alfeu Sábato

Uma reflexão poética e emocionada de Alfeu Sábato sobre fé, memória e o simbolismo de um visitante alado

Lívia Godói
Por: Lívia Godói
12/05/2025 às 19h37
O querido pombo talismã - Por: Alfeu Sábato

 

Sob o impacto e tristeza pelo término de nossa amada Semana Santa e a triste notícia do nosso querido Papa Francisco. Estou escrevendo esta crônica porque o título de querido “pombo talismã” ? é que, sentado em meu alpendre, meditando sobre o andar da carruagem de nossas vidas, deparei-me com uma bela revoada de pombo. Eles faziam belas evoluções sobre nossa praça do santuário. Foi quando lembrei-me de uma ocorrência digna de admiração e registro.

Há tempos, quando estava em meu quintal, apareceu misteriosamente um belo pombo de cor azul. Ele parecia cansado, sedento e faminto. Ao aproximar-me dele, ele mansamente pousou em meu ombro. Em sua perninha havia uma mensagem escrita em código. Aí percebi ser ele um “pombo correio”. Cuidei dele e nos tornamos grandes amigos. Minha família vibrava com aquela nobre visita. Resolvi arranjar um novo nome para ele. Naquela época, estava em sucesso a bonita música “Meu Pequeno Talismã” e eu coloquei nele o nome de talismã.

Os pombos, além de aves bonitas, são o símbolo da paz. Lamentavelmente, ficou vulgar devido à grande proliferação da raça, chegando a ser considerado uma praga. Eles gostam de ter como seus habitats os prédios altos e abandonados. As igrejas pelas suas torres são as preferidas por eles. Geralmente, são vistos nas igrejas do Brasil e do mundo. São milhares, inclusive nas catedrais de Milão, na Itália, e na Notre-Dame de Paris, na França. Nos países latinos, são chamados de “columba”. No México, a música de maior sucesso foi composta em homenagem à Columba, chamada também de Paloma. E, pasmem, até o Divino Espírito Santo tem como imagem a figura de uma pomba. Será por isso que eles gostam das igrejas?

Quando o nosso santuário estava em reforma, as missas eram celebradas no lote do Dr. Rubinho. Padre Vanir, pároco na época, andava às voltas com os pombos, que insistiam em pousar no altar. Nosso hino, composto pelo padre Bedim, a música é La Paloma. Seja praga ou não, devemos ver os pombos como uma bela ave. Prestem atenção em suas belas revoadas.

São verdadeiros shows de ballet, nos ares de nossa cidade. Mas agora, voltemos ao nosso talismã. Será que ele, misterioso, era o divino Espírito Santo que veio nos visitar? Esta ave amiga tornou-se íntima da família, ficou solta conosco por uns dias. Mas, um belo dia, bateu asas e foi cumprir a sua missão. Ficamos tão tristes como se tivéssemos perdido um ente querido.

Tempos depois, comentei esses fatos com minha sobrinha Tassiana, residente em Brasília. Ela prometeu a nós ajudar a elucidar este mistério. Procurou a “Sociedade Columbófila” de Brasília. E após pesquisas, descobriram que o nosso querido pombo talismã era um “pombo-correio” que saia de Varginha, no sul de Minas, para levar uma mensagem a Belo Horizonte. Talvez cansado devido à grande distância ou à perda de sua rota, escolheu o quintal do Sr. Alfeu para sua aterrissagem.

Seja como for, assim como a música, o meu pequeno talismã me ensinou e emocionou a nossa família. Sua parada em Carmo da Mata não foi por acaso. Ele, como “símbolo da paz”, veio para dizer para nós que quando Jesus Cristo nos disse: “Vem e segue-me”, devemos segui-lo. E na caminhada com o nosso Pai Celestial, vejamos no rosto de cada um “Um irmão e uma irmã”. Nossa gratidão e nosso respeito ao grande amigo nos ares, nosso inesquecível “pombo talismã”. Feliz Páscoa para todos. Com saúde e paz.

Post Scriptum:

Há dias, nossa amiga e colega de crônicas, Júlia Paixão, escreveu para nós sobre um beija-flor que fez ninho em seu alpendre. Hoje escrevo sobre o pombo que pousou em meu quintal. O que as aves querem conosco? Olha aí, os lírios do campo, olha aí as aves do céu.

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A cidade foi, no século XVII, a região por onde transitavam, obrigatoriamente, aqueles as que se dirigiam a Goiás, pela antiga Picada de Goiás, que indicava o caminho do oeste aos bandeirantes.

Por volta de 1753, Inácio Afonso Bragança por ali passou e se encantou. A terra era fértil, banhada pelo rio Boa Vista, com campinas imensas e matas colossais, tornando a região o sítio ideal para uma sesmaria.

A origem do topônimo é uma homenagem à santa padroeira, Nossa Senhora do Carmo, e suas m
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