A Subestação Compacta Integrada (SECI) Carmo da Mata 2, localizada na zona rural do município, entrou em operação sem o cumprimento de requisitos mínimos de segurança do trabalho e controle ambiental.
É o que aponta o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (SindiEletro), em denúncia realizada que apresenta riscos à integridade física de trabalhadores e ao meio ambiente.
De acordo com o sindicato, a subestação opera com aproximadamente 17 mil litros de óleo isolante, mas sem uma caixa separadora de água e óleo. “Isso é uma bomba-relógio. A ausência da caixa deixa o solo e os cursos d’água expostos a uma possível contaminação. O risco de incêndio também é real”, afirma o SindiEletro, em nota divulgada à imprensa.
A entidade também relata que os profissionais trabalham sem acesso a infraestrutura básica. “Não há casa de apoio, nem banheiros ou água potável no local. São condições mínimas que deveriam ser garantidas. Sem isso, o trabalho se torna insalubre”, diz o sindicato.
O terreno da subestação apresenta, segundo o SindiEletro, riscos estruturais. “Há buracos, valas expostas e água parada acumulada. Isso representa perigo constante de acidentes e ainda favorece a proliferação de doenças”, aponta a entidade.
Sobre as condições externas da unidade, o sindicato afirma que “o cercamento com portão não resolve os problemas estruturais nem garante a segurança dos trabalhadores. A obra foi maquiada, mas não está concluída”.
A SE Carmo da Mata 2 foi inaugurada oficialmente em abril de 2024, durante visita do governador Romeu Zema ao município. O evento contou com a presença de deputados estaduais e lideranças políticas da região.
O SindiEletro cobra providências imediatas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e das autoridades fiscalizadoras. “Quem executa tarefas na SE Carmo da Mata 2 merece respeito. Cada omissão pode custar vidas”, conclui o sindicato.
A reportagem do jornal A Notícia entrou em contato com a Cemig e aguarda posicionamento sobre as denúncias.
Jornal A Notícia