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‘Entre Limites Sociais e Liberdade Individual’ - por Júnia Paixão

Há uns dez anos, em uma reunião de trabalho, assistindo a uma palestra que deveria ser sobre educação, o palestrante disse que era contra as vacinas e que esta poderia ser substituída por uso constante de própolis, substância que reforça o sistema imunológico (...)

Lívia Godói
Por: Lívia Godói
08/04/2024 às 14h54
‘Entre Limites Sociais e Liberdade Individual’ - por Júnia Paixão

Há uns dez anos, em uma reunião de trabalho, assistindo a uma palestra que deveria ser sobre educação, o palestrante disse que era contra as vacinas e que esta poderia ser substituída por uso constante de própolis, substância que reforça o sistema imunológico. Jogou no ar essa fala sem nenhum fundamento científico, sem dados concretos e sem citar nenhuma pesquisa confiável. Criou-se, claro, um mal-estar daqueles na sala e os responsáveis pela presença daquela pessoa ali, deram um jeito de encerrar a fala dele. 

 

Na época do ocorrido, começava um burburinho do grupo anti-vacina no Brasil, porém ainda não havia políticos de extrema direita com maior visibilidade. Tudo mudou quando o Brasil enlouqueceu e resolveu colocar no poder aquele que prefiro não citar o nome. Em plena pandemia de covid-19 o negacionismo tomou conta e tivemos que travar uma batalha pelas vacinas que salvaram milhares de vidas. Infelizmente essa batalha ainda não está vencida, ainda surgem de vez em quando representantes dessa necropolítica abominável. 

 

Para quem não sabe, o calendário vacinal do Brasil é um dos mais completos do mundo e as doses são de acesso gratuito pelo SUS nos postos de saúde de todo o país. Todas as crianças quando nascem, recebem seu cartão de vacina e têm o direito de serem protegidas de muitas doenças perigosas e letais. No ECA (Estatuto da criança e do adolescente), esse direito está relacionado e é obrigação dos pais ou responsáveis efetivá-lo. 

 

As vacinas salvam vidas e protegem toda a sociedade. Quando alguém se recusa a receber esta proteção ou a proteger seus filhos, cria-se uma janela para que o agente infeccioso de alguma doença já erradicada, volte a circular colocando em risco milhares de pessoas susceptíveis, seja por não poderem tomar determinada vacina por problemas de saúde (alérgicos), seja por serem imunossuprimidos (transplantados ou em tratamento de quimioterapia, por exemplo) e, consequentemente vulneráveis a pegar infecções oportunistas. Por isto é que as escolas exigem o cartão de vacinação em dia e que muitos países só liberam estrangeiros, também com a vacinação em dia. Vacina é proteção coletiva, dever do estado ofertar e incentivar a proteção. É dever e direito de todo cidadão. 

 

Quando um governador, um deputado federal e um senador, se reúnem em um vídeo público, comemorando a não obrigatoriedade do cartão de vacina em dia nas escolas, jogam na vala comum séculos de conquistas científicas, médicas e sanitárias por meio da vacinação da população. Um desserviço imenso à população, para dizer o mínimo. 

 

O dilema entre os limites sociais e liberdade individual, definitivamente não perpassa assuntos que são um compromisso do cidadão com o coletivo no qual ele está inserido. Afinal, para qualquer um que tenha o mínimo de bom senso, a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando acompanhada pela responsabilidade de preservar o bem comum. 

 

Vacinem suas crianças! Acreditem na ciência e em séculos de conhecimento acumulado. Milhões de vidas já foram poupadas através da vacinação. 

 

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Jornal A Notícia

 

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